Enfermagem X Medicina

É bom esclarecer que a enfermagem não tem nada contra a medicina, são profissões diferentes onde cada um têm suas atribuições porém com um único foco, a VIDA!


Tenho reparado a tempos a necessidade de nossa categoria (enfermagem) se impor mais perante a categoria dos médicos, deixando claro a nossa função, nossas atribuições evitando assim a banalização da profissão enfermagem, o que vem ocorrendo constantemente por parte médica.


É notório que não são todos os profissionais de medicina que contribuem para a banalização da enfermagem, porém alguns médicos têm repetido essa prática. Sem dúvida cabe principalmente a enfermagem manter o respeito e uma boa postura perante pacientes e profissionais em geral.


Nosso conselho deve por obrigação apoiar e fiscalizar uma postura ética e profissional de todos da equipe de enfermagem tornando o trabalho mais digno e respeitado ao invés de sermos tratados como simples serviçais, secretários e empregados dos médicos.


Somos profissionais capacitados de nível médio e superior formados na ciência do cuidar, temos nossas responsabilidades assim como os médicos também têm, então que iniciem seus plantões trabalhando e fazendo o que tem que fazer ao invés de delegar suas funções (obrigações) para a equipe de enfermagem, nossos trabalhadores de nível médio tem muito mais o que fazer do que ficar aferindo pressão arterial em pré consulta ambulatorial já que essa pratica é obrigação dos médicos no ato da consulta e para finalizar deixo claro que para se formar médico é necessário 6 anos de estudos no mínimo logo, são alfabetizados, então não precisam de enfermeiras para escrever por eles.


MÉDICOS façam seu papel ao invés de ficarem observando a ENFERMAGEM.
Vamos TRABALHAR JUNTOS porém cada um na sua área cumprindo sua função!!!

Enf. Camila

Bajuladores na enfermagem.

 Ultimamente vem crescendo uma prática dentro das equipes de enfermagem que causam náuseas a quem observa sendo um dos primeiros motivos de discórdias entre a equipe.

Essa prática existe há muito tempo em inúmeras profissões e infelizmente se repete cada vez mais dentro da enfermagem.

Respeitar uma hierarquia não significa ter que concordar com tudo a todo tempo nem lamber o chão em que pisam, mas sim ter um tratamento cordial e digno além de profissional.

Infelizmente testemunhamos os profissionais que bajulam descaradamente seus superiores, ou seja, “puxa saco”, serem tratados com certas regalias inclusive a ausência de punição para os mesmos quando necessário, nem seu próprio trabalho diário é realizado conforme as normas, sobrecarregando os funcionários que não bajulam ninguém.

Se essa prática continuar acredito ser apropriado à criação de um HINO para a enfermagem, no qual se encaixaria muito bem: “O cordão dos puxa sacos cada vez aumenta mais...”

Enf. Camila.

Falta de respeito e Enfermagem.

Como é possível trabalhar em um ambiente que subtraia dignidade, respeito e a paz dos trabalhadores?

Atualmente vemos muito essa realidade fazendo parte do contesto de enfermagem, infelizmente estamos expostos a uma gama de atitudes negativas e que não motivam a construção de nada bom para os trabalhadores.

O assédio moral tem crescido absurdamente dentro da área da saúde e, como enfermeira, vou salientar a equipe de enfermagem.

Acredito tal fato ocorrer devido à má interpretação do papel de cada membro da equipe. Cada profissional tem um papel fundamental dentro da equipe de enfermagem, os auxiliares e técnicos são nossa linha de frente e estão muito mais próximos das necessidades dos pacientes do que nós enfermeiros, mesmo quando atuamos corretamente fazendo nossas avaliações diárias e sustentando a SAE.

O respeito é algo que não se pode perder dentro da enfermagem e isso é o que vem acontecendo, cabe ao enfermeiro a coordenação do trabalho de enfermagem, a administração da unidade, o gerenciamento, e a prática de enfermagem, algumas pessoas devem achar que são muitas atribuições para o enfermeiro, porém, ninguém foi pego de surpresa, todos nós sabemos desde o início nosso verdadeiro papel em uma unidade de trabalho e para quem resolveu estar nele, então que o faça de maneira digna!

Cabe também ao enfermeiro tomar certas condutas mediante os erros, imperícia, imprudência, negligência; somos respaldados pelo nosso conselho de classe e pelo nosso código de ética para tomar as providências cabíveis a cada infração cometida de modo coerente e justo. Temos o poder de punição mediante as infrações, contudo esse poder não pode ser abusivo tratando os funcionários de qualquer maneira.

 Se algum trabalhador de nível médio não sabe executar tal ação ou se comportou de forma indevida (antiética) cabe a nós ensinar e corrigir mantendo o respeito e a dignidade presente sempre em nossas ações.

Gritos e ameaças não fazem parte da educação de ninguém então que deixe de existir também no meio da enfermagem.

Educação e respeito têm que se manterem presentes no âmbito de trabalho, facilitando assim a convivência e a harmonia deixando os profissionais com condições psicológicas de prestarem atendimento com qualidade.

Atualmente o que vemos é a presença do MEDO dentro da enfermagem norteando cada passo do funcionário, um medo imposto por um colega ou por um chefe que mantém o uso da “mão de ferro” como carro chefe de sua gerência.

Na verdade aquele que precisa constantemente se afirmar é porque nem ele mesmo acredita em seu potencial e no que é capaz e tem com vital a necessidade de bater no peito e dizer: “sou seu chefe, aqui quem manda é eu e obedece quem tem juízo”, sinceramente essa pessoa nunca foi realmente ENFERMEIRO, não manda em nada e não consegue ter capacidade de liderar e conduzir uma equipe com excelência no cuidar.

Um enfermeiro de verdade não precisa carregar título para ser respeitado, são suas ações que geram respeito!!!


Enf. Camila

Cuidar de quem Cuida!!!

A enfermagem é a ciência do cuidar, quem escolhe por fazer parte dessa família deve ter em mente que, aquele que cuida um dia será cuidado e, além disso, deve ser cuidado enquanto cuida de alguém.

Ser membro de uma equipe de enfermagem não nos coloca em patamar de santos, milagreiros, anjos ou semideuses, mas sim nos mostra a realidade da vida, do quanto frágil e delicado é nosso corpo, de como facilitamos sua destruição e quanto mais próximos da morte estamos.

Usar sempre a empatia quando for atender alguém, é sinal de que realmente nos preocupamos com a vida de uma maneira geral, afinal um dia seremos nós deitados em algum leito necessitando de cuidados, esse é o ciclo da vida!

Nós da enfermagem não somos imunes a nada, somos sim passivos de agravos como qualquer pessoa, ficamos doentes também, temos dores terríveis, crises alérgicas, entramos em surtos, ficamos tristes, sofremos e ninguém conseguirá nos trazer de volta a vida quando ela se findar, ou seja, somos seres humanos, nada além disso!!

Ter uma vida dentro da profissão enfermagem nos permite adquirir conhecimentos técnicos e científicos e saber o que fazer em diversas situações, porém isso não nos torna super heróis, simplesmente fazemos o que tem que ser feito.

Atuar na área da saúde é um presente divino, a satisfação de levar a vida, dada por Deus, a alguém a beira da morte, aliviar as dores de quem está sofrendo é algo inexplicável, não há moeda no mundo que pague essa alegria, é estar vivendo o real sentido de amor ao próximo.

Não podemos deixar morrer, apesar de já estar em uma “UTI”, o significado do CUIDAR, os enfermeiros devem zelar e cuidar de suas equipes, além de gerenciar, de administrar, de liderar uma unidade; as questões burocrática fazem parte de nossa jornada mas não é nosso único papel.

Não sejamos pequenos ao ponto de só fazer o administrativo e o social, vamos sim cuidar de nossos pacientes com visão holística e humana e jamais esquecer de CUIDAR DE QUEM CUIDA!!!


Enf. Camila

Como LUTAR mais pela nossa CLASSE?

Quando se fala em luta pela classe de enfermagem, abre um leque de dicas desde unificar a enfermagem em uma  categoria, ter maior conhecimentos dos direitos e deveres, enfim mas até hoje não encontrei um profissional com o seguinte pensamento:


Não somos enfermeiros e sim uma equipe composta por trabalhadores de nível superior e nível médio com  a visão voltada a um único ponto, o CUIDAR!!


O cuidado se inicia dentro da equipe de enfermagem, levando sempre em consideração que ninguém pode dar o que não tem, logo, se um trabalhador não está em condições de atuação não deve atuar naquele momento, deve primeiro se CUIDAR! 
Se os trabalhadores de nível médio não se sentem seguros para perguntar, solicitar o enfermeiro, como poderão ter condições psicológicas para atender os pacientes? 
Os trabalhadores de nível médio não estão na unidade para serem testados e nem assediados moralmente e sim para unir força e conhecimento com os trabalhadores de nível superior a favor da vida.


Acredito realmente que só teremos uma união da enfermagem tornando ela mais forte e ética quando a inveja e a mediocridade deixarem de existir em nosso meio e os trabalhadores entenderem que não estão ali para lutar uns com os outros e sim para a união de forças e conhecimentos cuidando de cada um como uma verdadeira equipe!


A enfermagem em geral precisa urgente entender o que significam essas palavras: CUIDAR, HUMANO, VIDA, EQUIPE E EMPATIA.


Enf. Camila.

PARA REFLETIR E NUNCA ESQUECER....

"A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração... não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz."

Madre Teresa de Calcutá.

Assédio Moral no Trabalho, reaja!

       Quando ocorre a deliberada degradação das condições de trabalho ocasionada por uma comunicação abusiva (não ética) de maneira repetitiva caracterizada por comportamento hostil que um superior ou colega desenvolve contra um indivíduo, esse tipo de atitude é denominado assédio moral. Dentro das condutas que caracterizam o assédio moral (perseguição) estão: bloquear o andamento do trabalho alheio, pedir trabalhos urgentes sem necessidade, fazer críticas em público, insinuar que o funcionário tem problemas mentais ou familiares, retirar ou limitar a autonomia do profissional, descumprir o código de ética e as leis trabalhistas, entre outras. Essas atitudes possuem a intenção de baixar auto-estima e desestabilizar, emocionalmente e profissionalmente a vítima. (CNTS, 2007).

       O trabalhador de Enfermagem, vítima do assédio moral, poderá se defender contra as agressões através da anotação detalhada das humilhações sofridas, incluindo data, hora, local e presença de testemunhas, evitando conversar sozinha com o agressor, procurando os sindicatos, não se demitindo do emprego e não se isolando; também é importante buscar o apoio dos colegas, familiares e amigos. (THOFEHRN; et al, 2008).

       Em suma, o cuidado emocional é de responsabilidade de toda a equipe de saúde, cada componente da equipe deve estar em condições emocionais de trabalhar com os pacientes se mantendo saudável não só para os pacientes, mas também para á vida dos profissionais da área da saúde. (SOUZA, 2004).